segunda-feira, 30 de março de 2009

Um gordo fenômeno


Entre a tênue linha de jogador versus estrela ou celebridade Ronaldo Luis não deixa de alimentar grandes redes ou produtoras de notícias. Milionário, empresário, atleta e com dons para a política, o jogador possui uma fama internacional além de grande moral com milhões de fãns e torcedores ligados aos clubes pelo qual o atacante já atuou.

O Cruzeiro Esporte Clube foi o elo de ligação entre Nazário e o mundo da bola. Com 59 partidas disputadas pelo clube mineiro, Ronaldo marcou 57 gols. Sem contar um jogo contra o Bahia, no começo de sua carreira, em que o jogador fez 5 gols. O Cruzeiro ganhou por 6x1.No clássico contra o Atlético-MG, o atacante anotou três gols. Vale lembrar que neste ano, em 1993, Ronaldo tinha 16 anos.


CLUBES QUE RONALDO ATUOU

Cruzeiro (1993-1994),
PSV Eindhoven (1994-1996),
Barcelona (1996-1997),
Inter de Milão (1997-2002),
Real Madrid (2002-2007)
Milan - (2007-2008)

Notória capacidade e talento fizeram com que o jogador fosse convocado para defender a Comissão Brasileira de Futebol (popularmente conhecida como Seleção Brasileira) deixando por lá grandes marcas, recordes e tabus. Grande parte do que Ronaldo é hoje, se deve aos seus feitos nas copas de 1998,2002 e 2006.
Esta última, o Brasil ficou nas quartas-de-final quando perdeu para a França por 1 a 0. Mas Ronaldo fez 3 gols, se consagrando o maior artilheiro de todos os tempos em Copas do Mundo, com um total de 15 gols em 4 participações.

Tanto futebol comprometeram os joelhos de Ronaldo. Os 2. Ambos na Itália. Mas em times rivais. Aos 24 anos quando defendia a Internazionale de Milão e mais recentemente, em 2008, pelo Milan.


Depois de longa e conturbada recuperação, Ronaldo decidiu voltar a jogar bola e fazer gols. O craque assinou um contrato com o maior clube paulista, o Corinthians, onde já marcou 4 gols, é assunto do povo, dos bares, dos jornais impressos e on-line, de progamas na TV e das rodas de amigos futeboleiros e até de mulheres que entendem do assunto.
A equipe de marketing do clube contratou Ronaldo visando uma vaga na Taça Libertadores da América, na tentativa de conquistar um título inédito para o time do Parque São Jorge que em 2010 completará 100 anos!

Tantos méritos não podiam fazer de Ronaldo Luis um mero jogador de futebol. Com muita bala na agulha, o atleta se esquivou da boa conduta para aproveitar a liberdade que um patrimônio de R$ 360 milhões lhe proporciona. Dentre móveis e imóveis o jogador consegue um rendimento anual de 94 milhões. A Nike, principal patrocinadora de Ronaldo, matém um contrato vitalício cujos valores giram em US$100 milhões - R$167 milhões - mais royalties.
Será que com tantos dados assim, dá para falar só de futebol?

A R9 é uma empresa que gerencia e administra o lado jurídico do jogador. Em um linguajar mais subjetivo, a R9 é o CNPJ de Ronaldo Luis.
Sem contar o cargo de Embaixador que ocupa na Organização das Nações Unidas (ONU), na luta contra a pobreza e a fome nos países de terceiro mundo.

Este é o parágrafo de
RONALDO LUIS NAZÁRIO DE LIMA

Data de nascimento: 22 de Setembro de 1976
Cidade Natal: Rio de Janeiro




domingo, 29 de março de 2009

A hora do Crepúsculo

Stephenie Meyer conseguiu encontrar a fórmula ideal para contar uma linda história de amor. Juntou romance, aventura, ação, seres míticos e criou o fenômeno de vendas Crepúsculo.
Na saga com 5 livros (Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse, Amanhecer e Sol da Meia-Noite, ainda não concluído), a autora narra o improvável amor entre o vampiro Edward Cullen e seu objeto de amor e desejo assassino, a humana Bella Swan. Graças as penúrias do casal, Stephenie vendeu mais de 45 milhões de exemplares de livros da série em 37 países. Nada mal para uma dona de casa de apenas 35 anos, mãe de três filhos, que hoje, de acordo com a revista Times, é uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Stephenie surpreende-se por ter conseguido conciliar sua vida familiar com a criação de todo um universo com personagens fortes e regras próprias: "Crepúsculo é meu primeiro romance, e tem sido como experimentar uma montanha-russa maluca, sem cintos de segurança desde o início".

Ela é formada em Literatura Inglesa pela Brigham Young University, em Utah, e em suas histórias cita diversos outros livros como Romeu e Julieta, de Shakespeare, ou O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brönte, dando assim uma base teórica para seus leitores entenderem com maior profundidade o romance. Além disso, ela conta em seu website (em inglês), que não consegue escrever sem ouvir música, então surge aí mais uma lista de bandas essenciais para seus fãs.

Apesar de já ser um fenômeno de vendas, Crepúsculo explodiu mesmo com o lançamento do filme em dezembro de 2008 (que tem inclusive uma participação especial de Stephenie em uma pequena cena), e só no Brasil arrecadou R$ 3,3 milhões de reais em seu primeiro final de semana.


Agora, Meyer prepara-se para mais um sucesso nos cinemas. Já está em filmagem a continuação da saga, Lua Nova, que terá os mesmos atores do primeiro filme e promete ser ainda mais emocionante que o primeiro. (Veja trailer aqui)

No entanto, nem tudo são flores na vida dessa escritora. Alguns capítulos de Sol da Meia-Noite, livro que conta a versão de Edward do primeiro livro, vazaram na internet, fazendo com que a sua produção fosse paralizada por tempo indeterminado. Ela disponibilizou-os depois em seu site, mas disse que não teria condições de continuar a escrevê-lo, por enquanto. Além disso, Meyer foi duramente criticada por Stephen King, mestre do terror, em uma entrevista concedida por ele à USA Weekend, dizendo que ela "não sabe escrever algo que valha". Os fãs de Crepúsculo saíram em sua defesa e publicaram vídeos na internet em que rebatem as acusações do autor de Carrie, a Estranha.

Polêmicas à parte, Stephenie faz muito bem o seu trabalho, conquistando milhares de fãs em todo o mundo, falando de temas considerados por alguns como ultrapassados, como amor, lealdade, coragem, sacrifício, sem ser tediosa para o público jovem, tão acostumado à linguagem televisiva, que agora compra orgulhoso o seu livro preto.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O fantástico mundo de Tim


Da trilha sonora à estética, seja em animação ou com personagens reais, é fato: um filme de Tim Burton é inconfundível.

O diretor de 50 anos começou sua carreira cedo, em um universo tão mágico quanto o de seus filmes, quando ao sair do colegial ganhou uma bolsa de estudos da Disney para o Instituto de Artes da Califórnia, onde estudou animação por três anos e foi então contratado pela própria Disney como aprendiz.
Mas o lugar “onde sonhos se realizam” não se propunha a realizar todos os sonhos imaginados pelo jovem que passava suas tardes imerso no mundo dos filmes de terror de baixo orçamento.

Foi nessa época, e com a junção desses dois universos distintos em que viveu, que Burton conseguiu criar um mundo para chamar de seu, O Estranho Mundo de Jack, de 1993, que apesar de não ter sido seu primeiro trabalho (que foi a animação de 6 minutos, Vincent, de 1982, uma homenagem ao ator Vincent Price), é um dos mais importantes de sua carreira. Mas Burton não dirigiu esse filme. Passou a direção para o amigo dos tempos de Disney, Henry Selick, para poder se dedicar inteiramente à produção do filme, que em inglês leva o nome de Tim Burton’s Nightmare Before Christmas, todo baseado em personagens de um poema que ele escreveu.

Tanto antes, como depois de Jack, Burton manteve-se nesse mundo particular que deu tão certo. O rapaz que lia Edgar Allan Poe, admirava os filmes do diretor que foi considerado o pior da história (Ed Wood, que foi homenageado por Tim Burton em um filme de mesmo nome) e trabalhou no Walt Disney Studios, criando desenhos, não podia viver no mesmo mundo sem graça do restante dos mortais.

Misturando sempre humor com terror de uma forma tão sutil que só ele sabe fazer, Tim Burton nos deu alguns dos personagens mais marcantes do cinema. Além do esqueleto mais elegante da história (O Estranho Mundo de Jack), ele nos apresentou o cabelereiro e jardineiro doce que tinha como maior ambição ter mãos humanas em vez das tesouras (Edward Mãos de Tesoura, o primeiro que fez com o amigo Johnny Depp); nos deu de presente vilões carismáticos, como o inesquecível Coringa baseado na Piada Mortal (Batman), e o barbeiro que matava seus clientes e dava seus corpos para servir de ingredientes para tortas (Sweeney Todd: o barbeiro demoníaco da rua Fleet).

São mais de 20 trabalhos (confira aqui a filmografia completa), divididos entre tv e cinema, e mesclados com Burton atuando em cada um de uma forma. Ou de várias formas. Como diretor, produtor ou roteirista, Tim Burton coleciona críticas (a maioria positiva) e indicações a grandes prêmios, além de amigos, como o inseparável Johnny Depp, com quem trabalhou em 6 filmes, e sua atual mulher, Helena Bonham Carter, com quem tem 2 filhos, e também é presença constante nos filmes do diretor.

Agora, Tim Burton está envolvido em seu próximo trabalho, uma história que parece ter sido feita para ser dirigida por ele. Alice no País das Maravilhas só tem data de estreia para 2010, mas os loucos por esse diretor maluco, mal podem esperar para ingressar mais uma vez no mundo mágico que só ele nos permite entrar.

sábado, 21 de março de 2009

Barack Hussein Obama: o nome lembrado na eternidade


Um sonho praticamente impossível se tornou realidade em 2009. Desde quando imaginávamos um presidente negro governando os Estados Unidos? Pois é. Um homem foi capaz de conseguir o tal feito, visto, até então, somente em filmes de Hollywood e em desenhos animados.

O dia histórico foi 4 de novembro de 2008. Neste dia, Barack Obama venceu John McCain de forma tranqüila e foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Obviamente, muita gente foi contra. Não só por sua etnia, mas também por sua origem.

Filho de um Queniano com uma norte-americana, Barack Hussein Obama Filho passou praticamente toda sua infância no Havaí. Seu pai, Barack Obama, era muçulmano e influenciou o filho a ser. Porém, quando atingiu a maturidade, deixou de seguir a religião do Oriente Médio. Mas mesmo assim, alguns conservadores, apoiadores de McCain, utilizaram a crença e a cor da pele para tentar derruba-lo. Porém, não deu certo.

No entanto, a caminhada do personagem não foi tão simples. Desde 1996, Barack Obama começou a estampar as capas das revistas. No ano, ele foi eleito para o Senado do estado de Illinois. Após quase dez anos de serviços prestados aos Estados Unidos, Barack foi citado no mundo, com mais freqüência, em 2005. Na ocasião, Obama foi eleito, pelo Partido Democrata, para o Senado dos EUA.

Entre 2005 e 2008 foi quando o comentado senador começou a se destacar. O destaque foi grande a ponto de ser indicado para ser um dos concorrentes a presidência do país. Pri
meiro, Obama teve que derrotar Hillary Clinton para representar o partido democrata, para então vencer o republicano John McCain em outubro do ano passado.

Com discursos ressaltando o logo de sua campanha, o “Yes, we can”, Obama deu esperanças a todo o mundo e já tomou atitudes esperadas. Já anunciou a retirada das tropas do Iraque até o final de 2010, pediu o fechamento da prisão de Guantánamo e começou a dialogar amigavelmente com o Irã. Todas as medidas corrigindo as burradas do antigo presidente, George W. Bush, que manchou a reputação norte-americana em relação aos outros países do mundo.

Como esperado, sua imagem rodou o mundo. Desde souvenires por toda a parte, até uma série de quadrinhos japoneses pornográficos. Dentro dos EUA, obviamente a maior manifestação de apoio foi da população negra e latina do país. Os humoristas reverenciavam seu nome durante suas apresentações e criticavam o adversário McCain, como Chris Rock apresentou em seu show organizado pela HBO, chamado Kill the Messenger, em diversos países.



Outro exemplo de motivação foi por parte dos Rappers. A nova geração do Rap americano não fala de problemas sociais como os antigos mestres faziam, exemplo Tupac. Na atualidade, os focos das letras são carros e mulheres. Porém, o feito fez com que dois deles, Young Jeezy e Nas, fizessem uma homenagem ao atual presidente norte-americano. O nome da música é
My President.
Com estas ideias de "Yes, we can!" e "Change" implantadas por Barack Obama, todos temos a esperança de um novo começo. A mudança não é certa, mas a certeza é que o rosto e o nome do novo presidente norte-americano não irá ser esquecido na história.

quinta-feira, 19 de março de 2009

TasMania

Tão elétrico quanto o bichinho peludo dos Looney Tunes, é Marcelo Tas. E tão famoso quanto. O apresentador, jornalista, ator, roteirista e diretor já está em seu sétimo (e último, segundo ele) perfil no Orkut, e seu blog já recebeu diversos prêmios e milhares de comentários dos leitores.

Ele começou sua carreira muito longe do jornalismo, na faculdade de Engenharia da USP. Acabou se interessando pelo jornal dos alunos do curso e mandava diversas matérias para a publicação, até que uma finalmente foi aceita. Depois disso resolveu fazer a faculdade de Rádio e TV também na USP, e então foi só sucesso.

Seu primeiro trabalho de repercussão foi o repórter Ernesto Varella. Esta personagem, junto com o seu "camera man" Valdeci, interpretado pelo diretor Fernando Meirelles, entrevistava grandes personalidades fazendo perguntas que todos gostariam de saber a resposta, mas ninguém tinha coragem ou oportunidade para isso. Varela só pode "acontecer" naquela época porque Tas e seus amigos eram os donos da agência Olhar Eletrônico revolucionária e ousada, que o produzia.



Trabalhou para crianças nos infantis Rá-Tim-Bum, como o Professor Tibúrcio e como o Telekid no Castelo Rá-Tim-Bum, ambos transmitidos pela TV Cultura, em que ensinava às crianças coisas como o porquê da moda mudar, das ondas baterem e como funciona o pensamento. O sucesso não restringiu-se aos "pequenos", estendendo-se também ao público juvenil e adulto, mesmo quando Marcelo Tas não aparecia na frente das câmeras, como no humorístico Programa Legal, escrito por ele. Além disso ele ajudou a escrever diversos episódios do Telecurso 2000.

Hoje, Tas está no ar com o programa CQC, transmitido pela TV Bandeirantes, onde humor e jornalismo não podem ser separados. Ele apresenta na bancada quadros já célebres, como o Top5 e introduz e comenta as matérias dos outros repórteres: "Gosto da bagunça dos meninos, mas eu sou aquele que chama à razão, ao rigor jornalístico". Mas é lógico que sem perder a piada.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O anjo que salvou um herói


Olhos azuis, loiro, bem vestido, articulado e novinho. Bem novinho. 35 anos. Ganhador de um Oscar. Gay. E daí?

O mundo conheceu Dustin Lance Black no dia 22 de fevereiro deste ano, mas ele descobriu que queria mudar o lugar injusto em que vive, há muito tempo, quando tinha pouco mais de 7 anos e percebeu que era diferente.

Aos 13 anos, mudou com sua mãe para a Califórnia, e foi lá que conheceu a história de um homem que tentou ele mesmo mudar o mundo, deixá-lo mais justo. Assim, Harvey Milk, o primeiro político gay a ser eleito, entrou na vida de Dustin.

Inspirado por Milk, Black se assumiu após terminar o colegial. Mas foi na faculdade, a UCLA (University of California), onde estudou Teatro, que ele percebeu que queria tornar a história que inspirou sua vida, conhecida de outras vidas.

Pesquisou Milk por 3 anos, e depois de não conseguir autorização para usar o principal livro sobre o ativista, porque dois produtores detinham seu direito autoral, Dustin correu atrás de pessoas que conheceram o político (que foi assassinado quando o jovem roteirista tinha apenas 4 anos) para contar sua vida com todos os altos e baixos que a fizeram tão extraordinária.

E foi assim que o rapaz de olhos claros conquistou com seu roteiro um dos diretores mais talentosos da atualidade, Gus Van Sant, que já havia recusado contar a mesma história simplesmente porque ela não parecia a mesma história.

Com os mesmos olhos e sensibilidade, ganhou 4 prêmios por este trabalho, entre eles o Oscar de roteiro original, onde nos brindou com um dos discursos mais marcantes da noite, em que agradeceu, entre tantas pessoas, a sua mãe, por sempre tê-lo amado, mesmo quando havia pressão para não o fazê-lo. Defendeu também o casamento gay, e revelou partes de sua vida não menos extraordinária da que retratou na tela.

Loiro, bem arrumado e jovem. Lindo. 3 documentários no currículo (Pedro, de 2008, Something Close to Heaven e The Journey of Jared Prince, ambos de 2000). Um Oscar na estante. Uma indicação ao BAFTA, o Oscar inglês. Roteirista do seriado Big Love (2006). Salvador e difundidor da corajosa e ousada vida que iluminou a sua própria, Dustin agradeceu a Deus em seu discurso por ter nos dado Milk. E Harvey Milk, esteja onde estiver, deve ter dito as mesmas palavras sobre Dustin.




Aqui o vídeo de seu discurso, que mesmo sem legenda, vale a pena para ver a emoção não só de Dustin, mas também de muitos convidados: