sexta-feira, 27 de março de 2009

O fantástico mundo de Tim


Da trilha sonora à estética, seja em animação ou com personagens reais, é fato: um filme de Tim Burton é inconfundível.

O diretor de 50 anos começou sua carreira cedo, em um universo tão mágico quanto o de seus filmes, quando ao sair do colegial ganhou uma bolsa de estudos da Disney para o Instituto de Artes da Califórnia, onde estudou animação por três anos e foi então contratado pela própria Disney como aprendiz.
Mas o lugar “onde sonhos se realizam” não se propunha a realizar todos os sonhos imaginados pelo jovem que passava suas tardes imerso no mundo dos filmes de terror de baixo orçamento.

Foi nessa época, e com a junção desses dois universos distintos em que viveu, que Burton conseguiu criar um mundo para chamar de seu, O Estranho Mundo de Jack, de 1993, que apesar de não ter sido seu primeiro trabalho (que foi a animação de 6 minutos, Vincent, de 1982, uma homenagem ao ator Vincent Price), é um dos mais importantes de sua carreira. Mas Burton não dirigiu esse filme. Passou a direção para o amigo dos tempos de Disney, Henry Selick, para poder se dedicar inteiramente à produção do filme, que em inglês leva o nome de Tim Burton’s Nightmare Before Christmas, todo baseado em personagens de um poema que ele escreveu.

Tanto antes, como depois de Jack, Burton manteve-se nesse mundo particular que deu tão certo. O rapaz que lia Edgar Allan Poe, admirava os filmes do diretor que foi considerado o pior da história (Ed Wood, que foi homenageado por Tim Burton em um filme de mesmo nome) e trabalhou no Walt Disney Studios, criando desenhos, não podia viver no mesmo mundo sem graça do restante dos mortais.

Misturando sempre humor com terror de uma forma tão sutil que só ele sabe fazer, Tim Burton nos deu alguns dos personagens mais marcantes do cinema. Além do esqueleto mais elegante da história (O Estranho Mundo de Jack), ele nos apresentou o cabelereiro e jardineiro doce que tinha como maior ambição ter mãos humanas em vez das tesouras (Edward Mãos de Tesoura, o primeiro que fez com o amigo Johnny Depp); nos deu de presente vilões carismáticos, como o inesquecível Coringa baseado na Piada Mortal (Batman), e o barbeiro que matava seus clientes e dava seus corpos para servir de ingredientes para tortas (Sweeney Todd: o barbeiro demoníaco da rua Fleet).

São mais de 20 trabalhos (confira aqui a filmografia completa), divididos entre tv e cinema, e mesclados com Burton atuando em cada um de uma forma. Ou de várias formas. Como diretor, produtor ou roteirista, Tim Burton coleciona críticas (a maioria positiva) e indicações a grandes prêmios, além de amigos, como o inseparável Johnny Depp, com quem trabalhou em 6 filmes, e sua atual mulher, Helena Bonham Carter, com quem tem 2 filhos, e também é presença constante nos filmes do diretor.

Agora, Tim Burton está envolvido em seu próximo trabalho, uma história que parece ter sido feita para ser dirigida por ele. Alice no País das Maravilhas só tem data de estreia para 2010, mas os loucos por esse diretor maluco, mal podem esperar para ingressar mais uma vez no mundo mágico que só ele nos permite entrar.

1 comentário:

  1. estranho mundo de Jack é iradooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!! pena q ele num conseguiu fazer a fantástica fábrica de chocolates melhor do que o original

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