sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Código Brown

Ele teve quatro livros simultaneamente na lista dos mais vendidos do The New York Times. Dois de seus livros já viraram filmes e os seus outros já estão na fila para Hollywood.

Dan Brown pode se considerar um escritor de muito sucesso, afinal, não é todo dia que um livro consegue atrair a fúria de religiosos, intelectuais e criar fãs em todo o mundo.

Sua fórmula de sucesso baseia-se na idéia de colocar numa mesma história seitas secretas, instituições conhecidas, mortes, romance e muito mistério. Em O Código daVinci, Brown afirma que Jesus e Maria Madalena tiveram um relacionamento e geraram uma filha. Uma afirmação que causou enorme polêmica, principalmente por no início do livro haver uma afirmação de que todos as histórias relatadas são reais. Uma bela sacada publicitária, que fez com que muitos leitores menos céticos, realmente acreditassem que estavam diante do maior segredo da humanidade e que fez com que seus críticos lançassem dezenas de títulos como "Decifrando o Código daVinci", "Revelando o Código daVinci", em que dizem o que é verdade e o que é ficção no enredo de Brown. A melhor parte de toda essa confusão foi que editoras e livrarias faturaram muito dinheiro com essa febre.



Em uma comunidade no orkut, leitores debatem apaixonadamente a adaptação de seus livros para o cinema, a veracidade de suas informações e a qualidade de sua escrita. Ora, que Dan Brown tem talento para escrever de forma interessante e simples suas histórias não é nenhuma novidade, a questão é: escrever de forma que qualquer pessoa possa ler é ser um escritor de qualidade ou não? Estou convencida de que muitas das críticas que ele recebe se devem mais ao despeito do que à falta de talento dele, pois suas histórias prendem realmente o leitor até a última página, mesmo sendo óbvio o que vai acontecer.

A adaptação cinematográfica de Anjos e Demônios (veja trailer) estreou no Brasil em 15 de junho e já recebeu um boicote da Igreja Católica. Um novo livro dele está para sair no fim desse ano, chama-se The Lost Symbol e promete fazer tanto sucesso quanto seus antecessores. É aguardar para ver no calo de quem Brown vai pisar dessa vez.

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