sábado, 23 de maio de 2009

O dono do castelo



O sobrenome dele é um dos mais famosos do mundo. Ele é o maior ganhador de Oscars de toda a história. E o mundo que ele criou é o destino preferido não só das debutantes, mas de qualquer um que quer ver sonhos que se realizaram. Mas além do nome que se desenha em volta do castelo antes de começar um filme que certamente vai virar um inesquecível clássico, o que sabemos sobre Walt Disney?

O criador do Mickey, antes de considerar a ensolarada Califórnia sua casa e lá montar o seu mundo, pertenceu a cidade dos ventos, Chicago, onde nasceu, em 1901. Criado em uma fazenda próxima a Missouri, o garoto se interessou por desenhos e fotografia logo cedo, e vendia seus trabalhos para vizinhos. Além de colaborar com o jornal da escola, a noite ele frequentava uma academia de artes. Walt deu a sorte de descobrir logo cedo o que queria fazer pelo resto da vida.

Mas como todo adolescente, o talentoso Walt não escapou de duvidar do próprio destino, então se alistou no exército. Mas como tinha apenas 16 anos, não pode servir. Não satisfeito, ele se juntou a Cruz Vermelha, onde ficou por um ano, dirigindo uma ambulância coberta não com a típica camuflagem, mas com desenhos feitos por ele.

Ao voltar para casa, continuou criando seus desenhos e se matriculou em outra escola de artes. Depois de um tempo a deixou novamente, rumo a Hollywood, de onde depois, na verdade, nunca saiu. Com 40 dólares no bolso, seus desenhos, e uma coleção completa de animações, ele encontrou o irmão Roy, que já havia conquistado a simpatia californiana e 250 dólares. Os dois Disney conseguiram empréstimo de mais 500 e construíram uma espécie de produtora na garagem do tio. Foi então que Walt entrou em contato com uma distribuidora que aceitou a oferta e passou a pagar 1500 dólares por cada filme.

Os irmãos Disney, então, conseguiram fazer a primeira série, Alice, e logo depois veio Oswald, para concorrer com o gato Félix. Entre uma animação e outra, Walt se apaixonou por uma de suas funcionárias, Lilian Bounds, com quem casou e teve 2 filhas.

Mas o mundo de Disney ainda não era tão maravilhoso, e Walt foi pego de surpresa quando seu patrão roubou seus personagens, sua equipe e suas encomendas, porque não estavam assinadas com o nome que desde então passou a estar em cada desenho e novo projeto que Disney criava.
O susto que levou acabou dando a ele a inspiração necessária para criar o até hoje mais famoso personagem da Disney, o ratinho Mickey, criado em 1928, e considerado pelo próprio Walt, antes mesmo dele estar pronto, de “espetacular”.

Então ele ganhou o primeiro dos muitos Oscars que ainda ganharia. Criou, contra a vontade de sua equipe, Branca de Neve e os Sete Anões. Depois do sucesso do primeiro longa animado musical, lançou outros clássicos, agora com total apoio da equipe.

Com a Segunda Guerra Mundial, o Walt que já tinha sonhado em servir, teve sua chance de colaborar. Foi convidado a produzir animações para treinamento de soldados e logo depois, as famosas propagandas militares exibidas antes dos filmes.

Mas em tempos de guerra, até mesmo o mundo dos sonhos é obrigado a acordar, e a empresa Disney ou lançava um sucesso, ou se via obrigada a fechar as portas. Foi então que uma certa Gata Borralheira salvou a Disney.

Walt seguiu criando filmes, desenhos, programas de tv, personagens inesquecíveis e acumulando Oscars.
Mas para o mestre de sonhador, faltava apenas um reino. Assim surgiu a Disneyland, em 1955. E depois, o Walt Disney World. Walt não viveu para ver, mas sua Disneyland também inspirou o surgimento do Magic Kingdom, Animal Kingdom e do Epcot Center.

Ao criar o maior parque temático do mundo, Disney tornou real parte dos seus inúmeros sonhos, e com seus personagens, encheu de luz a vida de muitas crianças.



Disney morreu em 1966, mas conseguiu atingir tudo o que almejara. Antes de partir, ainda se certificou de que novos talentos teriam a chance de brilhar como ele brilhou.

O homem que se achava apenas uma tênue luz no presente, acabou iluminando eternamente os caminhos de quem sonha. Aliás, foi ele quem nos ensinou que “sonhos existem para tornar-se realidade”. É, acho que agora, finalmente, ele dorme para descansar. Aprendemos a lição, mestre. Não deixaremos nunca de sonhar.

1 comentário:

  1. Como trabalhei em Walt Diney World por três meses posso afirmar: Wald Diney foi uma pessoa incrível. Tudo aquilo que ele sonhou e almejou se tornou realidade, e ainda reflete em todos aqueles que trabalham em qualquer segmento de suas empresas. As aulas que temos antes de exercer nossas funções são essenciais para o entendimento da mente desse homem, que fez tanto por todos nós. Realmente, Walt é incrível, e merece muito respeito.

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