Ele é filho do também escritor Érico Verissimo e sempre teve muitos livros em casa para se inspirar. Ainda criança, Verissimo sentiu a experiência de viver em outro país, quando seu pai foi dar aulas em Berkeley e ser diretor cultural da União Pan-americana em Washington, ambos nos Estados Unidos.
Luis Fernando quase estudou arquitetura: "Pensei vagamente em estudar arquitetura, como todo o mundo. Acabaria como todos que eu conheço que estudaram arquitetura, fazendo outra coisa. Poupei-me daquela outra coisa, mesmo que não tenha me formado em nada e acabado fazendo esta estranha outra coisa, que é dar palpites sobre todas as coisas". Trabalhou no departamento de arte da Editora Globo, foi tradutor e redator publicitário, revisor de texto e finalmente colunista.
Suas crônicas possuem um humor inteligente e crítico, e não há quem não goste de pelo menos uma de suas histórias do cotidiano. Muitas vezes, elas beiram à loucura em situações impossíveis, mas ainda assim, os leitores sentem que aquilo é tão real quanto qualquer coisa que Luis Fernando escreva, pois do jeito que são narradas, as histórias bem que poderiam acontecer. Quem nunca recebeu, leu e se divertiu com uma crônica dele, que atire a primeira pedra.
Ele já publicou dezenas de livros desde romances, poemas e crônicas e participou da criação de quadros para o programa "Planeta dos Homens" e "Comédias da vida privada", inspirada em um de seus livros. Criou personagens memoráveis como os dois típicos machões, o detetive Ed Mort e o Analista de Bagé, gaúcho legítimo e terapeuta freudiano.
Além disso, Verissimo publica também tirinhas da Família Brasil e As cobras, “tenho um problema curioso para um desenhista. Não sei desenhar. Isto não me impede de insistir com o desenho, apesar dos conselhos de amigos, das indiretas da família e de telefonemas ameaçadores. Insisto, em primeiro lugar, por conveniência. Não digo que uma imagem valha mil palavras, mas umas 500 - o necessário para encher uma coluna de jornal - vale. Qualquer cronista diário daria a sua mão direita para poder desenhar em vez de escrever, de vez em quando, se fosse canhoto".
Tímido, não gosta, mas merece os aplausos de seu público.
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